Alquimia e o Mito de Osíris

 Diz o mito de Osíris, que seu corpo foi separado em 14 partes e espalhado por todo Egito.

Osíris era justo e o mundo era com ele um espaço de harmonia e equilíbrio. Set invejo-o. Por isso, separou aquilo que estava unido. Em 14 fragmentos de uma alma dilacerada.

14 pedaços de um Ser que se quer Inteiro.

Também nós somos divididos em fragmentos, 14 partes. Foram sendo espalhadas, como as partes de Osíris, ao longo da vida, ao longo das vidas, por isso temos já nascido assim, há muito tempo.

Na verdade, são 7 partes para um lado e outras 7 partes para o outro, quase sempre de costas voltadas.

São partes que secretamente desejam
voltar a unir-se, mas, cristalizadas no medo e na culpa, mantêm-se entrincheiradas no seu lado da questão, à esquerda ou à direita.

No centro há o Vazio de um Lar abandonado que espera voltar a ser preenchido de Luz, flores e Amor.

E pode, pois numa sub camada, no centro, há um eixo onde habita uma cobra iluminada, chamada Shushuma, que serpenteia incessantemente, sibilando que há conforto no Retorno, que há um espaço de reconciliação que unifica as polaridades. Lembrando que, porque nada separado permanece igual pós unificação, há um Ser Maior em cada um de nós que pode emergir.

Aquele que soube reunir seu fragmentos, unificá-los pela Luz do perdão e fazer-se assim um Ser Maior do que alguma vez fora.

Então, não te deixes consumir pela culpa, pela mágoa, pela dor, não te atormentes com erros do passado, com escolhas erradas. Esses foram fragmentos de ti. Nunca foste, aí, inteiro.

Observa apenas, Agora, se são passado efetivamente ou se de alguma forma se repetem.

se sim, quebra esse ciclo, transmuta.

se não, eleva-te e segue em frente, alquimiza-te.

Aconchega as tuas partes junto à cobra iluminada. Ela irá curar as cicatrizes.

E se me perguntarem que partes são essas?

Bem, diria que nos fragmentamos sempre que temos "fome" e acreditamos que não há em nós nutrientes necessários à sustentação em abundância da nossa vida. (raiz)

sempre que nos sentimos sós porque acreditarmos nada termos de válido para partilhar, julgamos seca nossa Fonte de criatividade. (sacro)

sempre que paralisamos com medo, por não confiarmos no nosso poder. (plexo)

sempre que nos perdemos em desamor, porque faltou sempre alguma coisa entre o pai e a mãe. (cardíaco), logo abrir o coração pode ser assustador.

Sempre que calamos nossa Voz. (laríngeo)

Sempre que duvidamos, porque não acreditamos no Mestre Interno. (3º olho)

Sempre que perdemos a Fé, e assim perdemos nosso Rumo. (coronário)

Assim nascem 7 arquétipos, filhos da separação, e do outro lado outros 7, irmãos antípodas.

E as trombetas tocam, e a Cobra iluminada sibila...

Aqui há mais 7 Arquétipos, filhos da Unificação dos polos.

Estes chamam para o grande retorno.

E tudo isto acontece, não algures num tempo ou lugar longínquo, mas em ti. Bem dentro de ti, Inteiro!

A chave é o equilíbrio, a medida certa, o tempo certo. Como a grande Sábia Natureza nos mostra.

Pois bem, a história de Osíris passa também por esta reunião de partes.

É fundamental reunificar o Ser para que este se torne Maior.

Só vou dizer que Isís teve aí um papel fundamental.

E que Ela tem muitos nomes.

Estes Arquétipos, os 14 polarizados e os 7 de reunificação, são instrumentos de trabalho em Alkímia, na terapia Alquímica. são 2 dos 12 gráficos que compõem o Programador.

Esta unificação é parte do processo alquímico.

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